Fundição
Pode-se definir defeito em peça fundida ou defeito de fundição como sendo qualquer desvio em relação à qualidade especificada para a peça fundida. Esse termo não abrange, normalmente, a composição química e a qualidade metalúrgica da peça, mas principalmente os aspectos relacionados a:
sanidade interna da peça fundida ou ausência de descontinuidades como vazios produzidos por contração ou gás, trincas, inclusões etc.),
precisão dimensional ou geometria da peça fundida,
estado da superfície ou acabamento superficial.
A qualidade do molde pode ter influência direta sobre estes três aspectos da qualidade da peça fundida e, algumas vezes, sobre a sua qualidade metalúrgica.
O conhecimento desses mecanismos não tem a finalidade de meramente satisfazer uma curiosidade científica, mas indica os fatores que determinam o aparecimento dos defeitos e, conseqüentemente, os meios de saná-los.
O mecanismo de formação de um determinado defeito só pode ser considerado como dominado se, a qualquer momento, for possível reproduzir esse defeito não só quanto ao tipo, mas também quanto à intensidade.
Devido à diversidade de peças produzidas em uma fundição, é prudente que a formulação e o processamento da areia de moldagem e dos moldes proporcionem uma certa segurança, de modo que pequenas e inevitáveis variações no processo não ocasionem o aparecimento de defeitos. A definição dessa margem de segurança só será possível se os mecanismos que causam os defeitos forem perfeitamente conhecidos.
Algumas fundições utilizam-se desses conhecimentos para criar certas peças em que algumas das solicitações impostas ao molde são exageradas. Periodicamente, a areia do sistema é usada para moldar uma dessas peças, podendo-se, assim, detectar a tempo, variações tendentes a diminuir a margem de segurança e, eventualmente, causar um surto de defeitos.
Infelizmente, nem todos os defeitos de fundição mais comuns têm seus mecanismos de formação