Fundamentos
O principal objetivo do diagnóstico microbiológico da mastite é oferecer resultados rápidos e seguros ao veterinário, para que ele possa identificar problemas do rebanho e tomar decisões a respeito de casos individuais. Diversos aspectos são fundamentais para que o resultado do exame microbiológico seja reprodutível e confiável. Procedimentos padronizados foram publicados por International Dairy Federation (IDF, 1981) e National Mastitis Council (Oliver et al. 2004, Hogan et al. 2005). As padronizações detalham os procedimentos que devem ser seguidos, indicando, entre outros, o meio de cultivo a ser usado, volume de leite a ser inoculado para o isolamento, temperatura e tempo de incubação e testes para identificação de patógenos. Outro aspecto extremamente importante para a garantia da confiabilidade do exame é a coleta e conservação das amostras de leite. É também indispensável que o microbiologista responsável pelo diagnóstico laboratorial tenha conhecimento sobre os agentes causadores da mastite, a fonte de infecção e a transmissão destes agentes no rebanho leiteiro. Esse conhecimento é necessário para a correta interpretação dos microrganismos isolados de modo a gerar informações úteis para o controle da doença.
Agentes da mastite bovina A mastite bovina pode ser causada por uma grande variedade de agentes, incluindo bactérias, micoplasma, leveduras, fungos e algas. Embora mais de 137 espécies, subespécies e sorotipos de microrganismos já tenham sido isolados de infecções da glândula mamária bovina (Watts, 1988), a maioria das infecções é causada por bactérias. Dentre as bactérias, um número limitado, dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus e do grupo dos coliformes causa a maior parte das infecções. Considerando a fonte