Fundamentos Sociais das Economias Pós-Industriais
Nesse texto, o autor tenta explicitar quais são os principais fatores que o capitalismo levou as eras pós-industriais (crise do mundo do trabalho, alteração corpotamental das mulheres), levando em conta os fundamentos da construção do Walfare State. Sua primeira análise, voltando aos conceitos de sua primeira obra, “As três economias políticas do Walfare State”, é tentativa de consolidar um debate de quase uma década em torno tanto de sua tipologia tríplice dos Estados de Bem-Estar Social, como, fundamentalmente, em torno do conceito de desmercadorização, idéia central do autor nessas obra. Para Esping-Andersen, fica claro que o Welfare State é um tipo de capitalismo voltado à produção e distribuição de proteção social (ou bem-estar social) para um conjunto definido de cidadãos. Assim, o que caracteriza cada tipo específico de capitalismo de bem-estar seria a forma pela qual as instituições interdependentes do Estado, do Mercado e da Família se arranjam e se combinam para a tarefa de produção e distribuição de welfare (Esping-Andersen, 2000: 65). Segundo tal definição, o tema da igualdade seria na verdade um produto secundário do objetivo principal das políticas de bem-estar, qual seja, proteger a população dos riscos sociais historicamente cristalizados como tais (Esping-Andersen, 2000: 61). Em outras palavras, a discussão sobre os tipos de capitalismo de bem-estar é na realidade uma discussão sobre como cada sociedade, em cada momento do tempo, afronta os seus riscos sociais, os quais obviamente podem variar de lugar para lugar e de época para época.
Um dos recursos metodológicos usado pelo autor, questiona a aderência do conceito de desmercadorização para tratar da relação das mulheres com o Estado de bem-estar. Isto porque a idéia de desmercadorização pressupõe uma ampla difusão do assalariamento como forma dominante da relação capital/trabalho. E o que tais estudos sustentam é que “se o conceito de