ciclo do plasmodium
A infecção em humanos começa com a picada de uma fêmea infectada do mosquito. Enquanto ela se alimenta, esporozoítos 1 saem das suas glândulas salivares, entram na corrente sanguínea e rapidamente invadem as células do fígado (hepatócitos). Este processo é tão rápido que em torno de 30 min após a infecção, já não há mais esporozoítos na corrente sanguínea. Nos 14-16 dias seguintes, os parasitas, que estão em sua fase hepática (ciclo hepático), se diferenciam e sofrem multiplicação assexuada dando origem a dezenas de milhares de merozoítos 2 que eclodem na ruptura de cada hepatócito. Cada merozoíto assim formado, então, invade um eritrócito, onde passa por mais uma etapa de multiplicação produzindo de 12 a 16 merozoítos por esquizonte (glóbulo vermelho contaminado) 3. A duração deste estágio eritrocítico depende da espécie do parasita, sendo de 48 h para P. falciparum, P. vivax, e P. ovale e de 72 h para P. malariae.
Ciclo eritrocitário – As manifestações clínicas da malária, febres e calafrios, são associadas com a ruptura sincronizada dos eritrócitos infectados. A maior parte dos merozoítos liberados na eclosão dos esquizontes, ou seja eritrócitos infectados 4invade outros eritrócitos 5 dando origem a outros esquizontes 6. Alguns, todavia, se diferenciam em formas sexuadas masculinas e femininas chamadas de microgametócitos e macrogametócitos, respectivamente 7. Estes gametócitos permanecem na corrente sanguínea até serem ingeridos por uma fêmea do Anopheles numa eventual refeição de sangue.
Ciclo esprogônico – Dentro do intestino delgado do mosquito, os gametócitos 8 sofrem rápida divisão celular, produzindo 8 microgametas flagelados cada um, os quais fertilizarão os macrogametas 9 formando assim os ookinetos (macrogametas fecundados) 10. Os ookinetos atravessam a parede do intestino e formam cistos em sua parte exterior, chamados de oocistos 11. Em poucos dias os