fundamentos filosoficos da educaçao
Partindo da perspectiva adotada por Adorno e Horkheimer, expoentes da Escola de Frankfurt, seguidos por Baudrillard, a indústria cultural era manipulativa e destruía a esfera pública cultural e política que a burguesia construíra em seus tempos heróicos. Sob a bandeira da democratização, ela era a contraface totalitária da sociedade monopolista liberal, que partilhava com o fascismo a estupidização das massas em função da decadência do proletariado, que fora cooptado pelo capitalismo. Como decorrência da dominação absoluta da sociedade pela racionalidade instrumental, o processo de dominação total em que se transformara a Ilustração apresentava alguns resultados como descrevem Adorno e Horkheimer:
Atualmente, a atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural não precisa ser reduzida a mecanismos psicológicos. Os próprios produtos – e entre eles, em primeiro lugar, o mais característico, o filme sonoro – paralisam essas capacidades em virtude da própria constituição objetiva. São feitos de tal forma que sua apreensão adequada exige, é verdade, presteza, dom de observação, conhecimentos específicos, mas também de tal sorte que proíbem a atividade intelectual do espectador, se ele não quiser perder os fatos que desfilam velozmente diante de seus olhos. O esforço, contudo, está tão profundamente inculcado que não precisa ser atualizado em cada caso para recalcar a imaginação [...]. Quanto mais firmes se tornam as bases da indústria cultural, mais sumariamente fortes, pode proceder com as necessidades dos consumidores, produzindo-as, dirigindo-as, disciplinando-as e, inclusive, suspendendo a diversão: nenhuma barreira se eleva contra o progresso cultural [...]. Mas a afinidade original dos negócios e a diversão mostram-se em seu próprio sentido: a apologia da sociedade. Divertir-se significa estar de acordo.
A indústria cultural resultaria, ainda, no