Fundamentos de economia

O governo diante do aumento da taxa de inflação que atingiu 7% a.a, portanto, acima da meta definida pelo BACEN de 4,5% mais 2% de tolerância, precisou adotar uma série de medidas para reverter a tendência de alta da inflação e trazer para o centro de meta, de 4,5% a.a. Quais foram as medidas de política monetária, fiscal e cambial adotadas para que o objetivo de inflação mais baixa seja conciliada com os outros dois objetivos macroeconômico de manter o crescimento econômico e a geração de emprego?
A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva e as despesas planejadas, com o objetivo de permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação, com distribuição de renda justa, e cresça de forma contínua e sustentável. Como instrumento para alcançar esses objetivos tem algumas medidas criadas pela política fiscal, monetária e cambial.
Entre algumas medidas de política monetária temos a decisão do governo de elevar a tributação sobre as captações externas. A medida é puramente de política monetária, ela visa conter a liquidez que vem pelo mercado financeiro internacional. Foi publicado no Diário Oficial um decreto elevando para 6% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre os empréstimos externos até 360 dias. Quem leva vantagem com essa medida é o Banco Central (BC) que consegue um novo canal de restrição ao crédito e, consequentemente, de contenção da demanda.
No lado do câmbio, o BC também pode ganhar, já que deve comprar menos moeda em seus leilões diários, em função do desestímulo às captações de curto prazo. No que diz respeito à política cambial, com a queda do dólar o governo deve tomar decisões urgentes, não deixando cair na tentação do seu papel na contenção da inflação, já que o câmbio mata a indústria e inviabiliza toda nossa estratégia de desenvolvimento nacional. Com isso, o Banco Central (BC) anunciou que está limitando a posição de câmbio vendida das instituições