Fundamentos de Economia
1.1-
Das origens até 1750 – a fase pré-científica da Economia
O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e contradições.
Na Antiguidade Grega surgiram algumas ideias sobre economia em estudos filosóficos e políticos, mas essas ideias não continham um pensamento econômico independente. Obras, tais como a Crematística (de chrema, posse ou riqueza) de
Aristóteles, apesar no título, abordava apenas aspectos das relações comerciais
(GREMAUD, Amaury Patrick...[et al]. Manual de Economia. São Paulo, 2004).
Da mesma forma, na Antiguidade Romana, não houve ideias econômicas independentes, embora a economia de Roma fosse mais ampla que a economia grega. O império romano era mantido por redes rodoviárias e pelas navegações que estimulavam o comércio e as companhias mercantis. Porém, os romanos limitaram suas preocupações com a política, de modo que contribuíram muito pouco com pensamentos econômicos
(GREMAUD, Amaury Patrick...[et al]. Manual de Economia. São Paulo, 2004).
Na Idade Média, com a queda de Roma, uma nova concepção de vida passou a ser baseada no cristianismo. O pensamento cristão condenava a acumulação de capital e a exploração do homem pelo homem. A opção da Igreja, ao contrário de Roma, foi retornar à atividade rural (LEITE, Aline Peixoto. A evolução do Pensamento
Econômico. São Paulo, 2010).
Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado por propriedades nas quais os senhores e os trabalhadores viviam indiretamente do produto da terra ou do solo. Eram médias ou grandes propriedades rurais, auto-suficientes econômica e politicamente, obedientes à autoridade do senhor ou proprietário, e nas quais os servos exerciam suas atividades agrícolas ou artesanais (LEITE, Aline Peixoto. A evolução do Pensamento
Econômico. São Paulo, 2010).
O rei, embora dirigisse o Estado, não possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a autoridade