Fundamentos da educação: filosofia
Rousseau, Jean-Jacques
Rousseau, em seu livro “Emílio”, defende a ideia da educação natural: aquela que está fundamentada na necessidade e no cuidado que o adulto tem que ter na construção de uma educação que esteja alicerçada no próprio sujeito. Para Rousseau, a educação natural assume um papel decisivo na construção de um sujeito humano, ético e político.
A primeira educação é a mais importante e cabe incontestavelmente às mulheres. Se o autor da natureza houvesse desejado que ela coubesse aos homens, ter-lhe-ia dado leite para alimentar as crianças. A educação inicia com o nascimento e torna-se verdadeira quando consiste menos em preceitos do que em exercícios.
Começamos a nos instruir quando começamos a viver, nosso primeiro preceptor é nossa ama. Isto significa dizer que Rousseau, pensava no bebê como um ser consciente, capaz de aprender na sua relação com a ama-de-leite.
Sem mãe não há filho. Entre eles os deveres recíprocos e, se forem mal cumpridos por um lado, senão desdenhados por outro. Um pai quando gera e sustenta filhos, só realiza com isso um terço de sua tarefa. Ele deve homens à sua espécie, deve à sociedade homens sociáveis, deve cidadãos ao estado. Quem não pode cumprir os deveres de pai não tem direito de tornar-se pai.
Quando a formação do homem não é corrompida pelos mecanismos da sociedade, mas sim marcada por valores naturais, ele é capaz de manter sua vida conduzida por sua própria razão.
A própria natureza é uma escola para todas as crianças. Nela é possível experimentar tanto a dor como o prazer. Para Rousseau, a dor na vida da criança é um mal necessário, ou seja, é caindo que se aprende a levantar e tomar as precauções necessárias para não cair novamente.
A sociedade da época via a criança como um “adulto em miniatura”, até vestiam-se como tal. Rousseau consegue com muito esforço mostrar o respeito que se deve ter com a criança e consequentemente com sua própria infância.
“Emílio” fornece