Fundamentos da econômia
1 - Economia de Escambo ou Economia de Trocas Diretas
Iniciaremos este Curso de Economia Aplicada procurando dar uma visão bem simples do mundo econômico.
Imaginemos a origem da humanidade. Naquele momento histórico o homem vivia de maneira rudimentar, sem dispor de qualquer instrumento que possibilitasse a transformação dos produtos disponíveis (caça, pesca, coleta de frutos, etc.). Individualmente, ou em seu grupo primitivo, dispunha de tudo de que precisava para sobreviver. Vivia em uma comunidade - grupo tribal - onde inexistia qualquer especialização da produção nem trocas de mercadoria.
Com o passar do tempo e a evolução da humanidade, o homem percebeu que poderia especializar-se na produção de determinação mercadorias (coleta de frutos silvestres, caça, pesca), o que lhe possibilitaria estabelecer relações de troca com outras comunidades. A especialização na produção certamente se constitui em pré-condição para o estabelecimento de um sistema de trocas.
A implantação do sistema de trocas exigia certas condições para seu funcionamento: primeiro, era necessário encontrar alguém que estivesse disposto a efetuar a troca. Por exemplo, se o indivíduo "A" tivesse se especializado na produção (coleta) de frutos silvestres, e o indivíduo "B" na produção (captura) de peixes tornava-se fundamental para ocorrer a troca que o indivíduo "A" desejasse adquirir peixes e o indivíduo "B" desejasse adquirir frutos silvestres. A troca ocorreria portanto de forma direta, bilateralmente. Entretanto, se não houvesse o interesse recíproco para a realização da troca, esta não se efetivaria.
Isso coloco um novo problema para aquela sociedade emergente. Tornava-se imperiosa uma nova situação econômica, onde as trocas pudessem ser realizadas sem ser de forma direta, bilateral, com interesses recíprocos. A forma encontrada foi estabelecer, como padrão de troca, mediante consenso, uma mercadoria ou um produto, que fosse aceito por todos os indivíduos.