Fulereno
HistóriaEditar
A descoberta dos fulerenos ocorreu em setembro de 1985 quando um grupo de cientistas, nomeadamente Harold Walter Kroto e Richard Errett Smalley[1] , obtiveram uma série de estruturas químicas com 44 a 90 átomos de carbono, aparecendo em maior concentração aquelas com 60 átomos de carbono. Foi a primeira nova forma alotrópica a ser descoberta no século XX, e valeu a Kroto, Robert Curl e Smalley o Prêmio Nobel de Química em 1996.[2] .
Aqueles cientistas buscavam compreender os mecanismos para a formação de longas cadeias de carbono observadas no espaço interestelar. A técnica utilizada no experimento consistia na vaporização do carbono a partir da irradiação de uma superfície de grafite com emprego de laser num jato pulsado de hélio de alta densidade, a uma temperatura de 104°C.
As amostras assim obtidas eram analisadas por espectrometria de massa o que possibilitou a identificação de fragmentos contendo 60 átomos de carbono. Foi então proposta uma estrutura semelhante a uma bola de futebol, apresentando 32 faces, 20 hexagonais e 12 pentagonais, batizada inicialmente como "buckminsterfulereno", em homenagem ao arquiteto estadunidense Richard Buckminster Fuller, renomado pelos seus trabalhos apresentando cúpulas geodésicas, formadas a partir de faces hexagonais, combinadas com pentágonos.
Em 2010, o telescópio Spitzer detectou pela primeira vez "buckyballs" no espaço.[3]
CaracterísticasEditar
Fulereno: estrutura do C60.
Fulereno: molécula.
Fulereno funcionalizado.
Metalofulereno.
Os "buckminsterfulerenos", hoje apenas "fulerenos", constituem uma vasta família de nanomoléculas superaromáticas, simétricas, compostas por dezenas de átomos de carbono sp2-hibridizados, dispostos nos