Fuga das galinhas
Muito se reclama da infantilização dos filmes adultos, da forma como os filmes para "gente grande" foram perdendo os temas mais sérios, que foram dando espaço para temáticas onde há pouco espaço para uma visão crescida, crítica, propriamente adequada ao que o público maduro gostaria. Alguns estudiosos dizem que esse fenômeno ocorre devido a valorização extremada dada pela indústria cinematográfica mundial (leia-se especialmente Hollywood) ao segmento jovem, maior consumidor de produtos cinematográficos de acordo com várias pesquisas; em virtude disso, os adultos tem que adequar seus interesses aos de seus filhos, sobrinhos ou netos.
Por outro lado, é notável o esforço dos realizadores cinematográficos voltados para a produção de filmes para crianças. O mercado potencial é enorme, a garotada já sabe muito bem o que significa ir ao cinema, cobra dos pais, assiste as propagandas na TV e sabe quais são os lançamentos mais recentes (vivo isso na pele, tenho dois filhos, na faixa dos 5 e 6 anos e eles sabem muito bem o que está indo para as telonas!).
No entanto, conscientes de que essa nova geração é extremamente bem informada, tem acesso a meios e recursos que não tínhamos (como a TV a cabo, a internet ou mesmo a uma quantidade muito maior de publicações), posiciona-se, critica, opina e participa mesmo do cotidiano do mundo em que vive, os produtores de filmes para crianças estão lançando material cinematográfico de primeira linha para a criançada; tão bom que, confesso, dá enorme prazer acompanhar os filhos numa sessão da tarde cinematográfica ou assistir a um desses vídeos na companhia dos mesmos.
No ano passado (2001), por exemplo, em janeiro, foi lançada a animação "Fuga das Galinhas" pela Dreamworks (empresa pertencente a Spielberg, em parceria com o ex-presidente da Disney, Jeffrey Katzenberg e um outro executivo poderoso e de grande visão chamado Geffen); trazia em sí o retorno da animação com massinhas como atrativo, no entanto, além