Fudamentos fenomenológicos existenciais- Carl Rogers

A vida, em sua existência para cada um, tende a ser uma experiência de uma diversidade imensurável voltada às concepções e crenças do ser humano. Tudo aquilo que remete a um pensamento ou reflexão motiva o indivíduo a ter uma postura de movimento, seja ele dinâmico ou estático. Ao longo desta trajetória, entramos em contato com esse mundo externo que nos proporciona uma construção individualizada, como se o homem tomasse para si aquilo que lhe é necessário ter, subjetivamente.
Em meio a tantas forças de opressão, a submissão e o desejo pelo poder, e até mesmo ao mecanismo e a praticidade das atividades de hoje em dia, o homem tende a ser objetificado, ter uma finalidade, a qual seria reproduzir-se entre si e produzir. Refletindo então, o homem teria um papel de uma existência externa a ele mesmo. Considerando apenas o seu lado animal e teoricamente mecânico, estimulado assim, apenas biologicamente. Portanto, por que não considerar a perspectiva interna ao homem?
Carl Rogers realiza uma abordagem sobre a liberdade humana, a qual consiste na possibilidade de tomar decisões e ser responsável pelas mesmas, ainda que existam forças que constrinjam o homem. Ao se ter a chance de tomar decisões, o homem não só considera aquilo que virá a ser consequência, mas em meio a sua decisão, reflete introspectivamente sobre si mesmo. Dessa forma, a liberdade de escolha nos possibilita uma realização e um crescimento, os quais são fundamentais para o desenvolvimento do caráter que se é construído por cada um. Portanto, ao nos realizarmos nos tornarmos aptos a fazer certas escolhas livres de coerções externas. Para Rogers, o homem não é um ser autodestrutivo ou dono de alguma espécie de energia inconsciente e/ou sexual e também não possui uma tendência ao stasis, um estado de equilíbrio onde há o suprimento de todas as suas necessidades básicas a qualquer custo. O que define o homem seria o enriquecimento de suas experiências, buscando cada vez mais atingir sua complexidade em