Frutas
SONETO CXXVI DE LOPE DE VEGA
Análise do poema
CURITIBA
2013
KESSIANE MENDES DA SILVA – GRR20127577
PATRICIA ANDREATTA - GRR 20127589
SONETO CXXVI DE LOPE DE VEGA
Análise do poema
Trabalho apresentado à Disciplina HL227 – Teoria da Literatura II – Turma C, para avaliação.
Profª: Renata Praça de Souza Telles
CURITIBA
2013
Felix Lope de Vega y Carpio (1562–1635) publicou, em 1602, o livro Rimas Humanas contendo 200 sonetos dentre os quais escolhemos o de número 126, traduzido por Leonor Scliar-Cabral, para análise:
1 Desmaiar, atrever-se, estar furioso, 2 áspero, terno, liberal, esquivo, 3 alentado, mortal, defunto, vivo, 4 leal, traidor, covarde e corajoso;
5 não ter fora do bem centro e repouso; 6 mostrar-se alegre, triste, humilde, altivo, 7 valente, aborrecido, fugitivo, 8 satisfeito, ofendido, receoso;
9 virar o rosto a um claro desengano,
10 beber veneno por licor suave,
11 esquecer o proveito, amar o dano;
12 acreditar que um céu no inferno cabe,
13 dar a vida e toda alma um desengano,
14 isto é amor: quem o provou bem sabe. Trata-se de um soneto decassílabo com estrutura clássica italiana: 14 versos divididos em dois quartetos com rima externa interpolada ABBA e dois tercetos com rima também externa, mas cruzada CDC/DCD. As rimas são consonantes e pobres tanto segundo o critério gramatical quanto o fônico, exceto nos versos 6 e 7, nestes é rica fonicamente. Consideramos importante ressaltar que as rimas são exatamente iguais ao original, o fato de serem línguas muito parecidas permite que a sonoridade seja mantida.
A métrica, no entanto, é diferente. Para escandir os versos na poesia espanhola conta-se até a primeira sílaba átona pós-última tônica ao contrário da portuguesa, nesta contamos apenas até a última tônica. Assim, o hendecassílabo na poesia espanhola é decassílabo na