FRIDA
Frida Kahlo é interpretada pela atriz Salma Hayek e Diego Rivera pelo ator Alfred Molina.
O filme é magnífico.
As semelhanças entre o casal de atores e o casal - na vida real- são impressionantes.
Essa composição me fascina: como encontraram uma mulher tão parecida com Frida, e um homem tão parecido com Diego?
As sobrancelhas de Frida marcam o rosto de forma quase caricata, na tela e na vida. Os olhos caídos de Diego revelam a sua marca registrada: o desamparo e a fragilidade estampada na cara gorda, escondendo – de forma quase perfeita - um espírito indomável, na tela e na vida.
Diego era desses homens cuja aparência subestima o conteúdo e Frida era dessas mulheres que parecem absolutamente óbvias, mas escondem mistérios.
Teriam nascido um para o outro? Se observarmos as afinidades mentais, sim. Se observarmos os sofrimentos que ambos se infligiram, não.
Escolhas próximas da perfeição só se compararmos as fotos obtidas no Google com as fotos dos artistas que estrelaram o filme. Parecem feitos um para o outro: os personagens na vida real e as pessoas que lhes emprestaram vida na tela: Impressionante!
A canção tema é belíssima. Vejo na capa do DVD que foi interpretada por Caetano Veloso.
Sinceramente? Não registrei a voz. Passou batido esse fato. Não sou boa observadora de escalas e de vozes.
Sei quando um filme entra em mim: é quando não consigo dormir depois que a tela apaga.
Sei quando estou diante de uma personalidade que marcou, não apenas pelo papel social que desempenhou, mas pelo ser a quem deu vida.
Em certo sentido, emprestamos a nossa interpretação de vida ao ser que recebeu um corpo – o nosso - a quem foi dado um nome: o nosso.
Somos um espírito que habita um corpo. É o espírito quem determina o que somos e o que fazemos com esse corpo.
Mas também somos seres humanos que vivem vidas humanas: vidas mais ou