Frida
A vida breve de Frida Kahlo é relatada numa história de amor heróica. A direção forte e cheia de imaginação de Taymor destaca a paixão que uniu Kahlo ao muralista Diego Rivera, enquanto Salma Hayek faz da personagem um ícone de sobrevivência, independência, coragem e inconformismo feminino.
A história começa com Frida ainda adolescente, em 1922, na Cidade do México, com seu namorado (Diego Luna), espionando o famoso muralista Rivera (Alfred Molina) enquanto ele desenha uma modelo e, em seguida, tenta seduzi-la.
Os dois acham graça quando a tentativa do pintor é interrompida por sua então esposa, Lupe Marin (Valeria Golino), que passa a enumerar as razões pelas quais Rivera não satisfaz como marido e é um eterno sedutor.
A cena também serve para mostrar o clima geral de permissividade e experimentação sexual que vai caracterizar o relacionamento futuro de Frida e Diego.
O bonde em que Frida vai para casa naquele dia se envolve num acidente terrível com um ônibus. A garota é encontrada com um pé esmagado, a coluna dorsal e a pelve quebradas e a parte inferior de seu corpo atravessada por uma vara metálica.
As cirurgias e o processo de recuperação que se seguem são infinitamente dolorosos e levam sua família à falência, mas, enquanto se recupera, ela começa a desenhar e pintar.
A partir desse início terrível, o filme mostra como o sofrimento de Frida - e, mais tarde, seu amor - é a fonte de inspiração de sua arte surrealista.
Quando ela consegue andar outra vez vai visitar Rivera e pede que ele faça a crítica de seu trabalho. A química imediata entre eles evolui para um romance que vira casamento - o terceiro de Diego.
Embora a mãe de Frida desaprove, dizendo que é o casamento "de um elefante com uma pomba", os dois têm em comum sua natureza apaixonada e um profundo engajamento com a política radical (de quebra, o filme oferece uma visão interessante do México como reduto de artistas e políticos libertários).
A festa de