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A fase ou período de latência está localizado entre as fases fálica e genital, e compreende uma diminuição do que se pode chamar de atividade sexual. Cronologicamente, esse período localiza-se aproximadamente entre os três e quatro anos de idade.
O início desse período é mais tenso e conflituoso que sua finalização, uma vez que a criança vai, aos poucos, interagindo melhor com o mundo que a cerca. Ou seja, a fase de latência corresponde a um aumento gradual no tempo de espera pela satisfação dos desejos da criança. Esta aprende, a partir das frustrações, que nem sempre será imediatamente satisfeita e que isso é importante para que possa se relacionar com outras pessoas.
AS INIBIÇÕES SEXUAIS
Durante esse período de latência total ou apenas parcial erigem-se as forças anímicas que, mais tarde, surgirão como entraves no caminho da pulsão sexual e estreitarão seu curso à maneira de diques (o asco, o sentimento de vergonha, as exigências dos ideais estéticos e morais). Nas crianças civilizadas, tem-se a impressão de que a construção desses diques é obra da educação. Na realidade, porém, esse desenvolvimento é organicamente condicionado e fixado pela hereditariedade, podendo produzir-se, no momento oportuno, sem nenhuma ajuda da educação.
FORMAÇÃO REATIVA E SUBLIMAÇÃO
Com que meios se erigem essas construções tão importantes para a cultura e normalidade posteriores da pessoa? Provavelmente, a expensas das próprias moções sexuais infantis, cujo afluxo não cessa nem mesmo durante esse período de latência, mas cuja energia — na totalidade ou em sua maior parte — é desviada do uso sexual e voltada para outros fins. Os historiadores da cultura parecem unânimes em supor que, mediante esse desvio das forças puncionais sexuais das metas sexuais e por sua orientação para novas metas, num processo que merece o nome de sublimação, adquirem-se poderosos componentes para todas as realizações culturais.
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