Freud e a Psicanalise - Breves considerações
A Psicanálise foi criada por Sigmund Freud no final do século XIX, e suas bases abalaram o mundo e a sociedade da época. No entanto, a força de suas ideias e de seu trabalho clínico foram determinantes para que a Psicanálise ganhasse o respeito e a aceitação necessárias, não apenas por parte da comunidade médica, como também de outros segmentos acadêmicos. Quando Freud escreveu o artigo sobre a história do movimento psicanalítico, em 1914, sua intenção era mostrar à sociedade da época, as verdades que faziam parte da psicanálise. O primeiro período do movimento psicanalítico vai até 1902, época em que Freud trabalhou sozinho. De 1902 a 1910, a psicanálise ganha espaço em outros contextos e meios acadêmicos. A primeira grande parceria de Freud foi com Joseph Breuer (1842/1925), um médico austríaco que desempenhou um papel muito importante nos primórdios da psicanálise. Freud e Breuer escreveram o livro “Estudos sobre a histeria”, no qual narraram o caso clínico de Anna O. Para realizar este tratamento eles se valeram do método catártico. O referido método, desenvolvido por Breuer, buscava acessar os sintomas dos pacientes histéricos a partir de fragmentos do seu passado, estes fragmentos estariam associados a cenas, fatos e emoções que haviam sido esquecidos, o objetivo era fazer com que o paciente revivesse essas experiências através de um estado hipnótico. Freud, que destacava a importância dos elementos psíquicos e da sexualidade na gênese dos processos neuróticos percebeu que a intervenção através da hipnose, nem sempre garantia o sucesso do tratamento. Dessa forma, Freud abandona a hipnose e inicia efetivamente sua “cura através da conversa”.
Quanto à etiologia sexual das neuroses, inúmeros fatores se somaram às pesquisas de Freud, e alguns destes fatores são: a descoberta da transferência, o uso das associações livres de ideias, o reconhecimento da sexualidade infantil, a utilização dos sonhos como a “via