Frank, Marini e a teoria da revolução permanente (Resumo)
A teoria da revolução permanente de Trotsky está intimamente ligada às concepções da IV internacional e ao modelo de subdesenvolvimento capitalista, passando pelo papel atribuído aos países subdesenvolvidos e dando ênfase na mais-valia absoluta. Trotsky partiu da ideia de que o sistema capitalista mundial por si só oprimia países pouco desenvolvidos e que seu papel no cenário mundial era de servir como base de sustentação dos países ditos “exploradores”, causando uma profunda desigualdade no desenvolvimento. Nesse sentido, a teoria da revolução permanente fazia o prognóstico de que a burguesia colonial ou semicolonial seria incapaz de liderar um processo de revolução, não podendo, portanto, desenvolver as forças produtivas capitalistas. Nesse contexto, tanto Trotsky quanto Frank e Marini acreditavam que somente o proletariado teria condições de levar adiante tais transformações, por meio de uma revolução socialista. Ambas as teorias acreditavam que os países que utilizavam o método de exploração estavam mergulhados em uma crise que enfraqueceria as forças de produção. Nessas condições, os países democráticos do centro ficariam sujeitos somente à exploração das periferias. Porém, nem todos possuíam colônias como a Inglaterra, o que levaria algumas nações ao Fascismo, para que a exploração contida no meio capitalista se mantivesse. Cabia ao Fascismo, nesse contexto, criar condições para a superexploração da força de trabalho na base da mais-valia absoluta. Analisando por meio destas ideias, fica claro que as periferias subdesenvolvidas ganham um papel estratégico ao garantir a sobrevivência do sistema capitalista ou também podem agudizar suas contradições e precipitar o fim do das relações satélite-metrópole, precipitando assim o fim do imperialismo. Pode-se, assim, constatar a plena identificação do modelo de subdesenvolvimento capitalista com a teoria da revolução permanente da IV internacional, que abrange desde