SOCIO
O emérito sociólogo polonês Zygmunt Bauman nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznan. Ele principiou sua trajetória acadêmica na Universidade de Varsóvia, mas logo foiobrigado a deixar a academia, em 1968, ao mesmo tempo em que sua obra era proibida neste país. No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, permanecendoneste posto por pelo menos vinte anos. Aí ele teve contato com o intelectual que inspiraria profundamente seu pensamento, o filósofo islandês Ji Caze.
Grande parte de sua obra já foi traduzida no Brasil.Seus livros são povoados por idéias sobre as conexões sociais potenciais na sociedade contemporânea, nesta era comumente conhecida como pós-modernidade. Os estudos sociológicos lhe permitem refletirsobre a angústia que reina nos sentimentos humanos, emoção despertada pela pressa de encontrar o parceiro perfeito, sempre mantido como meta ideal, nunca como realidade concreta.
Assim, os casaisprocuram manter relacionamentos abertos, que lhes possibilitem uma porta de saída para novos encontros. As pessoas desejam interagir, buscam a vivência do afeto, mas não querem se comprometer. É o queBauman chama de amor líquido, vivenciado em um universo marcado pelos laços fluidos, que não permanecem, não se estreitam, desobedecem à lei da gravidade, ou seja, à ausência de peso. O que provoca afamosa ‘insustentável leveza do ser’, preconizada pelo escritor tcheco Milan Kundera.
Bauman crê que os relacionamentos a dois não podem se desenrolar a parte da cena social, das regras do jogoestabelecidas pela sociedade global. Nada pode, segundo ele, fugir deste complexo panorama, do moderno fenômeno conhecido como globalização. Aliás, este autor é também famoso por suas agudas pesquisas sobreos vínculos entre os tempos modernos, o Holocausto e o frenético consumo da era pós-moderna.
No Brasil é possível encontrar pelo menos dezesseis de seus livros traduzidos para o português,