Francis Bacon
Nascido em Londres, Francis Bacon (1561-1626) pertencia a uma família de nobres. Depois de concluir seus estudos em Cambridge, iniciou, em 1577, sua carreira política, através da qual conquistaria os mais importantes postos do reino britânico. Bacon realizou uma obra científica de inegável valor. É considerado um dos fundadores do método indutivo de investigação científica. Atribui-se a ele, também, a criação do lema “saber é poder”, que revela sua firme disposição de fazer dos conhecimentos científicos um instrumento prático de controle da realidade. Preocupado com a utilização dos conhecimentos científicos na vida prática, Bacon manifestava grande entusiasmo pelas conquistas técnicas que se difundiam em seu tempo: a bússola, a pólvora e a imprensa. Revelava igualmente sua aversão ao pensamento meramente abstrato, característico da escolástica medieval.
TEORIA DOS ÍDOLOS
Para Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o ser humano. Mas, para isso, era necessário que os cientistas se libertassem daquilo que denominava ídolos, isto é, falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais. Em sua obra Novum Organum, o filósofo destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência:
Ídolos da tribo – as falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza da espécie humana;
Ídolos da caverna – as falsas noções do ser humano como indivíduo (alusão ao mito da caverna de Platão);
Ídolos do mercado ou do foro – as falsas noções provenientes da linguagem e da comunicação; e
Ídolos do teatro – as falas são noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes.
MÉTODO INDUTIVO
Para combater os erros provocados pelos ídolos, Francis Bacon propôs o método indutivo de investigação, baseado na observação rigorosa dos fenômenos