Francis bacon
(refutação)
Para Francis Bacon, “a melhor demonstração é, de longe, a experiência”, o que o coloca na tradição empirista da filosofia. Opondo-se à demonstração silogística, dedutiva, ele se dispôs a construir um novo método de investigação que partisse do particular, do concreto, e ordenasse os fatos de modo a garantir o progresso do conhecimento, tendo como meta o conhecimento das leis gerais da natureza. Criou, assim, o método indutivo de investigação ou método experimental.
O método, no entanto, possui pelo menos duas falhas importantes.Percebe-se a ausência da matemática em seu método. Bacon não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das ciências. A origem para isso, talvez, foi o fato dele rejeitar a matemática de origem platônica que aprendera em Cambridge, de ligações teológicas. Em segundo lugar, Bacon não dá muito valor à hipótese. Quando refuta o método dedutivo afirmando que as noções (das quais constam proposições) são apenas “etiquetas das coisas” e declara que se trata de extrair de modo não grosseiro tais noções das coisas particulares, deixa escapar qualquer compreensão da função exercida pelas hipóteses no saber científico. Não é por acaso que, nas hipóteses, ele só vê uma ilegítima e arbitrária antecipação da natureza. Nesta oposição de Bacon a todo procedimento de tipo dedutivo (e também na recusa de hipóteses) viu-se justamente um dos limites do método baconiano.
O procedimento de tipo dedutivo é o único meio usado não só para a verificação, mas também para a descoberta de novas leis e novas