Francis Bacon
Em 1577, em Paris, Bacon iniciou sua vida política incitado pelo pai que o mandara trabalhar com um amigo, o embaixador inglês na França. Sem os recursos de sua família (o pai morreu pouco depois quando ele fez dezoito anos), Bacon procura formas de se sustentar e ingressa de vez na carreira política coroada de grandes êxitos: em 1584 foi eleito para a Casa dos Comuns como procurador-geral, em seguida foi fiscal-geral, guarda do selo e, depois, grande Chanceler do Reino em 1618. Jaime I lhe concedeu os títulos de Barão de Verulamo e Visconde de St. Albans em 1621.
Em 1595 ele havia recebido de presente de seu amigo, conde D’Essex, uma casa à beira do rio Tâmisa na qual escreveu “Os Ensaios”. Entretanto, sua amizade com o conde acaba quando este invade a Inglaterra e tenta incitar o povo contra a rainha, tomando Bacon o lado de vossa majestade e tendo papel importante na prisão de seu ex-amigo. Episódio este que lhe rendeu alguns inimigos.
Bacon, entretanto, nunca abadonara a filosofia. Dizia ele que “sem filosofia, não quero viver”.
Na mesma época, foi acusado de concussão (extorsão ou peculato cometido por empregado público no exercício de suas funções) pelo Parlamento e obrigado a pagar uma multa altíssima e a se afastar da vida política. Porém, Bacon foi perdoado pelo rei e apenas se recolheu às suas terras passando a dedicar-se inteiramente aos estudos.
Obras, Métodos e Ídolos.
A obra de Bacon representa tentativa de realizar o vasto plano de "Instauratio magna" ("Grande restauração"). De acordo com o prefácio do "Novum organum" ("Novo método"), publicado em 1620, a "Grande restauração" deveria desenvolver-se