Fracturas do colo do femur

1. Introdução

As fracturas do colo femoral, embora comuns no dia-a-dia, podem levar ao ortopedista, dificuldades no seu manejo e a resultados não satisfatórios em função da sua anatomia, como fragmento proximal pequeno, com forcas biomecânicas importantes no local, suprimento sanguíneo deficitário alem de usualmente osteoporóticas.
Com estas características, o tratamento ideal da fractura do colo femoral e um desafio ao ortopedista. São menos frequentes no adulto jovem, mas quando ocorrem, resultam de alta energia. Já nos idosos, ocorrem com maior frequência, e a associação de outras comorbidades levam a maior morbidade e mortalidade.
A maioria dos pacientes apresenta queixas de dor na região inguinal do quadril afectado, geralmente idosos com o membro inferior levemente encurtado e em atitude de rotação externa.

2. Epidemiologia

O número de fracturas do quadril e cirurgias para estas fracturas tem um aumento significativo nos últimos anos. Estima-se que apartir de 2050 mais de 6 milhões de fracturas do colo femoral ou transtrocantérica ocorram em todo o mundo. Isto é explicado pelo aumento no número de idosos e por consequência na incidência de osteoporose. As fracturas geralmente ocorrem dos 65 aos 99 anos e são 3 vezes mais comuns em mulheres. Nesta etapa da vida, ocorre redução na formação óssea causada principalmente pela menor produção de hormonas. Com ossos mais fracos, os idosos tem risco aumentado de fracturas na coluna, punhos e quadris.
Frequentemente em pacientes idosos, no entanto, mais jovens do que vemos nos pacientes com fracturas transtrocanterianas, e rara nos adultos jovens, sendo nestes provocados por trauma de maior energia, correspondendo a menos de 3% das fracturas no paciente abaixo de 50 anos. Geralmente causada por queda com trauma directo no grande trocanter ou uma rotação externa máxima com a cabeça femoral apoiada na parede posterior do acetábulo. Devem