Fracasso escolar conforme a psicanálise
Segundo o texto, o processo-aprendizagem fundamenta-se basicamente na relação professor-aluno.
As relações que mantemos com outros são chamadas de relações interpessoais. Grande parcela do nosso comportamento e, até mesmo nossa saúde mental estão relacionadas a elas.
Nossas interações com o mundo, muitas das vezes, provocam desarranjos mentais, distúrbios, neuroses.
Os alunos interagem com muitos professores, cada um com suas características particulares; com colegas, cada qual oriundo de um universo familiar distinto. Nesse contexto, devem aprender a lidar com figuras de autoridade, com atitudes, interesses, idéias diferentes das suas e com suas próprias reações diante das mais diversas situações. Mas vamos nos firmar na questão da relação professor-aluno.
Em sala de aula, de um lado, está o professor, com suas características individuais, do outro, os alunos, com seus modos peculiares de ser. A relação professor-aluno apresenta as mesmas características gerais de todos os relacionamentos mais íntimos e, com certeza, é tão importante nos anos escolares, que não é incomum alguns estudantes confiarem mais na palavra do professor que na de seus pais. Já ouvimos afirmações do tipo: “Eu tenho certeza, o professor falou!”
Entretanto, ao contrário das demais formas de relacionamento, essa se caracteriza por uma desigualdade original, a expectativa de um ser que dá e outro que recebe, uma vez que o professor sabe mais e tem maior experiência que o aluno.
As relações que estabelecemos com o mundo formam um verdadeiro mosaico.
Em sala de aula, o compromisso do professor é estar presente todos os dias de aula e, nelas, transmitir a seus alunos o que sabe e julga importante a respeito da matéria. Professor que apenas cumprem a obrigação contratada de estar em sala, mas o fazem sem maior entusiasmo, transmitem aos alunos, pela comunicação não-verbal, tais sentimentos. Com certeza ou alunos