Psicanálise e educação: a interação entre ambas abre caminhos para o sucesso no processo de ensino-aprendizagem
A educação acontece desde o início da vida. Logo, desde pequenina, a criança começa a ser educada, através dos pais, do contexto social que a cerca e, posteriormente, através da chamada educação formal, vivenciada na instituição escolar. Na Antiguidade, quando ainda não existia a escola (instituição), a educação era recebida apenas informalmente e sua transmissão acontecia de forma natural. Assim, as informações eram trocadas em diversas situações de comunicação do cotidiano e o conhecimento era construído na interação entre as pessoas, que acabavam aprendendo e ensinando umas às outras aquilo que sabiam de maneira contextualizada e significativa. Nesse processo não havia um padrão estereotipado para ensinar algo, portanto, cada um aprendia a sua maneira, ou seja, a aprendizagem ocorria conforme as necessidades e disponibilidade de cada ser humano. Porém, com o passar do tempo, a sociedade foi crescendo e se tornando mais complexa, havendo um maior acúmulo de informações. Então, entre os séculos XIX e XX, a educação oferecida através de métodos formais se institucionalizou. Distintas técnicas de ensino-aprendizagem emergiram. Apareceram teorias pedagógicas inovadoras e revolucionárias, contudo, no dia a dia de sala de aula, o modo como se lidava com o processo de ensino-aprendizagem limitava-se a aulas expositivas, com ênfase na mera memorização, abordando assuntos que não motivavam nem despertavam interesse no aluno. Inicia-se, dessa forma, a transmissão da educação formal, sistemática, transmitida de professor para aluno, pautada em conteúdos curriculares estabelecidos e padronizados. Nesse processo, a subjetividade e a individualidade eram desconsideradas; valorizava-se, essencialmente, a capacidade das crianças em reter as informações recebidas, já prontas e inquestionáveis. Logo, valorizava-se também somente