Stop motion enquanto animação da
Bárbara B. Dutra de Oliveira
Iria Catarina Queiroz Baptista
RESUMO
Este trabalho tem como tema o Stop motion enquanto animação da fotografia e sua realização é justificada pela escassez de material a respeito desse assunto. Tem como objetivo demonstrar, através de análise e pesquisa, a importância de técnicas de enquadramentos utilizadas na fotografia para o cinema de animação. O trabalho relaciona o cinema de animação por Stop Motion e a fotografia, com o intuito de mostrar quão próximos eles são. Conclusivamente indica que a fotografia não só é fundamental para a técnica de animação em Stop Motion, como as técnicas fotográficas básicas são essenciais para a obtenção de um resultado esteticamente mais harmônico.
Palavras-chave: Cinema. Animação. Fotografia. Stop motion.
INTRODUÇÃO
A técnica Stop Motion descende do trabalho de Edward Muybridge e George Méliès que, embora fossem de ramos diferentes, buscavam o mesmo objetivo: a reprodução do movimento. A técnica consiste em fotografar objetos quadro a quadro e, durante o intervalo entre um quadro e outro, o animador muda um pouco a posição do objeto. Assim, quando o filme é projetado a 24 frames por segundo, tem-se a ilusão de movimento. Desta forma, a fotografia é fundamental para o desenvolvimento da técnica.
Sendo a fotografia um elemento básico da técnica Stop Motion, não há melhor maneira de aproximar o cinema da fotografia do que o uso da mesma. O presente artigo reflete sobre a semelhança entre cinema de animação por Stop Motion e a fotografia, mostrando a importância do emprego de técnicas de enquadramentos utilizados na fotografia para um bom resultado no filme.
A relação se desenvolve por meio da análise de três filmes de diferentes contextos tecnológicos, que utilizam técnica Stop Motion para animar objetos e personagens, sendo eles: The Adventures of Mark Twain (Will Vinton – 1986), Dossiê Rê Bordosa (César Cabral – 2008) e The