Foucault- poder
“O poder não possui um termo geral, ou seja, não existe uma teoria geral do poder, o poder não é algo que se encontra historicamente formado e dominado por determinado grupo ou instituição dentro do aparelho do Estado.”
O poder encontra-se em uma rede de relações, que por sua vez geram saberes.
A genealogia não tem por objetivo fundar uma ciência ou uma teoria do que é o poder e sim fazer analise fragmentas de maneira particular para que seja possível analisar as diversas formas de poder vigentes em uma sociedade.
Através dessas análises, que produzem um deslocamento com relação à ciência política, que limita o Estado como a base fundamental da investigação de Foucault sobre o poder.
Com o estudo da formação histórica da sociedade capitalista, através de pesquisas sobre o nascimento de instituições como as carcerárias entre outras, Foucault vê a formulação de discursos de verdade por parte destas instituições, gerando as relações de poder, que ele veio a chamar de relações capilares, porosas ou sub-relações de poder.
Ele observa é a existência de diversas formas de exercício de poder, que são articuladas pelo Estado, o que é extremamente necessário para a sustentação da atuação estatal como mantedora da ordem. Foucault não vê o Estado atuando diretamente sobre os indivíduos, ele observa uma dissonância do estado e as instituições gerando formas de poder mais regionalizadas e concretas, que invadem o cotidiano dos indivíduos, gerando os micros poderes e atingindo as realidades mais concretas dos indivíduos. Ele não legitima uma analise descendente do poder, mas sim uma análise ascendente, o que significa que ele não observa o Estado como um poder único que rege os outros poderes da sociedade, estando no topo da pirâmide social atuando