O poder (foucault)
Também não tem sentido o discurso individualista liberal, pois o indivíduo não existe antes do estado, mas é produto de técnicas individualizantes, que ocorrem no exercício do poder pastoral.
Ao afirmar isso, dizemos que se não nascemos indivíduos, não nascemos livres nem iguais nem bons nem maus, apenas nascemos com a capacidade de nos tornarnmos livres e iguais, bons ou maus conforme nós crescemos, aceitamos também que ninguém só faz o bem ou só o mal, eles existem enquanto somos seres sociais e questionamos o conceito liberal de liberdade, a “liberdade negativa” ainda questionamos o fato de que a liberdade é um bem, não tem sentido dizer “eu tenho liberdade” mas só “eu sou mais ou menos livre”. Quanto mais livres são as pessoas com quem a gente convive, mais eu posso ser livre.
Foucault também critica o discurso libertário, que diz que é possível ao ser humano ser totalmente livre ou totalmente escravo, não há liberdade total, nem é possível a gente decidir qualquer coisa de forma totalmente livre, sempre vai ter alguma coisa externa a nós, um fato social do Durkheim que infuencia, mesmo que só um pouquinho nossas decisões.
Conceito de poder O poder não é algo que alguém tem, como uma mercadoria, nem algo que se recupera, não se da, nem se troca, é algo que se exerce, algo que existe em ato. O poder não significa repressão, pode haver, mas não deve confundir com o poder, pode apenas ser associado ao poder.