Fotossensibilização Hepatógena em Equinos
BRACHIARIA HUMIDICOLA EM EQUINO DA REGIÃO NOROESTE
FLUMINENSE (Relato de Caso)
GONÇALVES, M. A.1; SOARES, J. S.2
1
Maria Angélica Gonçalves, graduanda do Curso de Medicina Veterinária da
Universidade Iguaçú – UNIG Campus V.
2
Joseph S. Soares, Médico Veterinário da Clínica de Grandes Animais da
Universidade Iguaçú; Coordenador da Liga Acadêmica de Equídeos – UNIG
Campus V.
RESUMO
Foi solicitado ao setor de Clínica de Grandes Animais da Universidade Iguaçú
(UNIG), em fevereiro de 2014, atendimento a um equino, sem raça definida, de pelagem Castanho-Pampa, com 7 anos de idade apresentando sintomas de prurido intenso e lesões de pele. O animal encontrava-se em uma propriedade na região de
Lage do Muriaé-RJ em pastagem predominante de Brachiaria humidicola. Ao exame clínico o animal apresentava-se apático, com dificuldade em locomover-se, claudicação, ataxia e opacidade das córneas. Grandes áreas lesionadas de dermatite pelo corpo, sobretudo nas áreas brancas da pelagem. Aumento da frequência respiratória e pulso, mucosas normocrômicas, TPC normal e ausculta pulmonar normal. Foram coletadas amostras de sangue para a realização de
Hemograma e Bioquímica sérica com ênfase no perfil hepático. Os resultados sugeriram processo inflamatório e lesão hepática que se justificaram pela neutrofilia e aumento da GGT. As brachiárias em geral possuem saponinas capazes de produzir efeitos fototóxicos em animais. O quadro clínico e os exames laboratoriais nos conduziram ao diagnóstico de fotossensibilização hepatógena (secundária).
Para o tratamento foi feita a retirada do animal da pastagem de Brachiaria humidicola, com recomendação de mantê-lo à sombra, foi realizado o tratamento local das lesões cutâneas, antibióticoterapia, protetores hepáticos e controle da dor.
Palavras-chave: Brachiaria humidicola; equinos; fotossensibilização; substancias fotodinâmicas. 1
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