ILPF

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CURSO DE AGRONOMIA
BROMATOLOGIA

MICOTOXINAS E PLANTAS TÓXICAS

MAIKEL L. HABITZREUTER
VOLNEI S. EICHELBERGER

Cerro Largo, 29 de janeiro de 2013
MICOTOXINAS

As micotoxinas estão relacionadas a grãos armazenados e rações para a alimentação animal, especialmente milho com alto teor de umidade, em silagem, semente de algodão, amendoim e soja. As micotoxinas mais conhecidas são as afltoxinas, produzidas principalmente pelo fungo Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus.
Além dessa micotoxina, são conhecidas as fumonisinas, zearalenona e ocratoxinas. Existem processos de beneficiamento, como peletização em rações e acondicionamento em latas tem pouco efeito diminuído às micotoxinas.
O homem pode ser contaminado por micotoxinas através de consumo de alimentos processados ou in natura. Também pode ingerir carne de animais alimentados com ração contaminada, pois a toxina pode ser transmitida pelo corpo animal através da sua carne, leite e ovos.
A legislação brasileira, através da resolução RCD Nº 274, do Ministério da Saúde, dispõe que alguns alimentos para o consumo humano, como o amendoim, milho em grão e leite, podem ter uma concentração máxima de 0,5ng/kg de aflatoxina, enquanto que a União Europeia permite teores de aflatoxina mais restritos para alguns alimentos comuns à nossa legislação, variando de 2 a 5 ng/kg.
Há um grande numero de fungos que produz substâncias conhecidas como micotoxinas. Algumas dessas substâncias possuem capacidade mutagênica e carcinogênica, enquanto outras apresentam toxicidade específica a um órgão ou são tóxicas por outros mecanismos.
As micotoxinas são produzidas como metabólitos secundários. Os metabólitos primários dos fungos, como os de outros organismos são aqueles essenciais ao crescimento. Os secundários são formados durante o final da fase exponencial de crescimento e não possuem significância aparente para o crescimento ou metabolismo do