Fotogravura
FOTOGRAVURA
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introdução
Originalmente, o termo fotogravura (photogravure) era usado para designar o processo de reprodução de uma imagem por meios fotomecânicos. A história da fotogravura está intimamente ligada à da fotografia, ambas marcadas pelas descobertas do inventor francês Nicéphore Niépce, que, no início do século XIX, observou a propriedade fotossensível do betume da Judéia, um hidrocarboneto similar ao asfalto de petróleo, que é utilizado até hoje nos processos artísticos de gravação. Niépce cobriu uma placa de cobre com esta substância diluída em óleo de lavanda e, em contato com um desenho em transparência, a expôs ao sol durante 8 horas. A luz que incidia sobre esta placa endurecia o betume da Judéia, tornando essas áreas insolúveis. Após a exposição, a placa era lavada em óleo de lavanda e as áreas não atingidas pela luz eram removidas para posterior gravação com ácido nítrico. Nascia assim a heliogravura (que significa gravação através do sol), o primeiro processo fotomecânico de reprodução de uma imagem, que permanece até hoje como a base da fotogravação.
Com séculos de avanços tecnológicos, a fotogravura tradicional foi sofrendo transformações e aperfeiçoamentos pelo setor gráfico. Novos materiais foram adaptados para facilitar e agilizar a demanda da indústria, resultando nos três principais sistemas de reprodução fotomecânica que conhecemos:
Em relevo (fototipografia) – Processo no qual a imagem a ser impressa é fixada na superfície da placa através de um fototipo (imagem em transparência) positivo, criando uma imagem em relevo. Esta imagem receberá a tinta que vai se transferir para o papel, atuando como uma espécie de carimbo.
Na indústria gráfica, este processo de impressão chama-se tipografia e a matriz em relevo é denominada clichê.
Em côncavo (heliogravura) – Também conhecido como fotogravura em entalhe, é o processo oposto à fotogravura