Fotografos

De Meyer : já havia percebido a capacidade da fotografia de construir atmosferas de não apenas fotografar roupas. O que era um trabalho árduo para sua época onde até então a moda não permitia uma expressão maior da linguagem corporal na fotografia. No contexto a sociedade da época vivia a revolução sexual onde havia a necessidade de resgatar o corpo de uma condição de menosprezo. A própria tendência da época do pret-a-porter onde a moda tende a privilegiar a performance corporal indica essa nova tendência onde essa peça de roupa não esconde mais o corpo e sim o ressalta, muitas vezes até ligada ao erotismo.
Sarah Moon:Buscava apresentar mais do que roupas condições de vida. Participava de um contexto citacionista onde havia a liberdade de se olhar para o passado e nele buscar o novo. Moon se empenha em fazer uma releitura de De Meyer usando uma modalidade lingüística amplamente contestada por toda a onde modernista. Ela utiliza em sua fotografia atmosferas levemente coloridas e delicadas, sugeridas e alimentadas pela técnica do flou, ao invés dos geometrismos precisos da escola formalista, ela se utilizava de linhas mais suaves e luzes difusas. Seu estilo parece preceder uma estilística que vem a surgir nos anos 80 como um mode de vida diferente, mais leve e intimista.
Helmut Newton : Alcançou a fama depois de trabalhar muitos anos com moda, primeiramente na Austrália e depois na Europa onde consegue trabalhar para as prestigiadas Jardin dês Modes, Elle , Marie Claire e Vogue. Recebeu o título de Chevalier dês Arts e dês Lettres, que lhe foi concedido pelo ministro francês da cultura Jack Lang. Era um artista muito presente em espaços públicos e privados de exposição de fotos, marcando o fim da diferença entre a pesquisa artística pura e a arte aplicada que existia até então. As pás de si, protagonistas das fotos de Helmut Newton se mostram destemidas e seguras de si, onde a componente sexual confirma e até mesmo reforça seu papel nos enredos das várias