fotografia
Para investigar tais trabalhos me pautei nas discussões envolvendo dois conceitos, o de fotografia expandida, inicialmente proposto por Müller-Pohle (1985), e apropriado no Brasil por pesquisadores como Fernandes Jr (2002), e neopictorialismo, conforme desenvolvido por Baqué (2003).
O neopictorialismo surge como o interesse de artistas por técnicas antigas, um retorno ao pictorialismo do século XIX. A volta de práticas artesanais, com tiragem limitada, o culto ao original, a possibilidade de rabiscar e retocar as fotografias. Segundo Rouillé (2009), o neopictorialismo permite que o fotógrafo restabeleça ligações com o período pré-industrial e pré-histórico da fotografia.
A fotografia expandida, segundo Fernandes Jr (2006), transcende a fotografia tradicional e se liberta das amarras do fazer fotográfico tradicional. O autor afirma que a ênfase está no processo de criação e em como foram utilizados pelo artista; é uma busca por variações ilimitadas e hibridações nos procedimentos. Para Fernandes Jr (2006), a fotografia expandida compreende todas as formas de interferência que podem proporcionar à imagem final uma inquietação que rompe com os paradigmas estéticos clássicos da