Fotografia
Patrícia Maria Bazani
Bacharel em Comunicação Social, habilitada em Relações Públicas na UNESP.
A era da imagem, imposta pelas novas tecnologias e pelo discurso midiático, principalmente o televisivo, fez despertar a importância do discurso sincrético como meio eficiente de persuadir. Assim, se os clássicos usaram o estranhamento para construir figuras inusitadas com a linguagem verbal, a que eles denominaram figuras de linguagem ou de retórica, a mídia contemporânea vai se servir das imagens ancoradas no verbal e vice-versa, para persuadir, provocando não mais um efeito acústico apenas como a retórica clássica, mas explorando todas as potencialidades dos mais diferentes discursos em um mesmo texto para persuadir com eficiência total. Assim, a linguagem corporal, a sonora e a visual são muito trabalhadas pelos profissionais de comunicação. Todas elas são capazes de produzir uma sintaxe que pode levar os indivíduos a darem respostas agindo com a emoção e não com a razão apenas. A linguagem visual é um meio perfeito de comunicação capaz de criar esses efeitos. Ela é constituída por imagens e estas, por sua vez, conforme Platão (in JOLY:
1996,13-14):
"Chamo de imagens em primeiro lugar as sombras, depois os reflexos que vemos nas águas ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes e todas as representações do gênero.“
Imagem, portanto, seria um objeto segundo com relação a um outro que ela representaria de acordo com certas leis particulares, esquematizando visualmente as pessoas e os objetos do mundo real (JOLY: 1996,14). No campo da arte, a noção de imagem vincula-se essencialmente à representação visual: afrescos, pinturas, iluminuras, ilustrações decorativas, desenho, gravura, filmes, vídeo e fotografia. Ela também é um núcleo da reflexão filosófica desde a Antigüidade. Platão a defende e Aristóteles a combate pelos mesmos motivos. Para o