Fotografia
Para que ela fosse popularizada e comercialmente difundida, os fabricantes padronizaram as máquinas, acessórios e insumos para que as pessoas mesmo não sendo apaixonados por imagens, pudesse de uma forma registrar alguns momentos que só a fotografia consegue em sua plenitude.
Com todo esse aparato de técnicas apropriadas para sugar o melhor da luz, os artistas inconformados com o trivial, começaram a modificar a maneira de pensar fotografia e a desconstrução da forma iniciou um novo período nesse mágico campo de arte fotográfica.
A poética adentrou na câmera escura proporcionando a captura da luz com uma aferição contrária ao proposto ao longo dos anos para se obter um padrão fotográfico na linha popular.
Nascia a pintura fotográfica, pincelar com a luz a magia que o tempo através do obturador e diafragma, para imantar a sutileza, a loucura e a magia que nossos olhos só conseguem enxergar através da paralisação do tempo em uma fração de segundo ou mais.
A câmera fotográfica juntamente com o pensar e algumas formas de luzes e movimentos, se aliaram para provocar e povoar situações inusitadas através dos clicks e os fotógrafos se tornaram pintores imagéticos encantando com a dissolução das técnicas em novas formas de interagir com o real e torná-lo irreal sólido.
Existem alguns princípios básicos para a utilização da câmera fotográfica que fora construída para capturar uma fração de segundo e eternizá-la com as mesmas características que nossos olhos observam, isso não quer dizer que não possamos desativar esse sistema básico e propor novas técnicas através de pseudos erros e reinventar uma maneira própria de fazer fotografia e para isso é imprescindível que se conheçam as técnicas para que a proposta dessa desconstrução não seja mera coincidência e sim, uma poesia de luz a invadir a câmera de uma forma provocativa