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Primeiramente, é importante recordar que o problema da pobreza só se tornou questão social na medida em que os próprios pobres tomaram consciência de sua situação de exploração e o denunciaram, tornaram-no público e exigiram atendimento. Isto ocorreu na fase capitalista da revolução industrial graças à manifestação do elemento político, ou seja, a organização da classe operária.
O desemprego e a precarização do trabalho que estamos a assistir hoje “não é acidente de alguns, mas é condição forçada de uma expressiva parcela da sociedade que no atual contexto do modo de produção se aprofundou” (SCHONS, 2007, p. 36), ou seja, estamos diante de novas manifestações da mesma questão social resultante da contradição das relações de capital e trabalho. Sendo assim, porque não há reação suficiente para o enfrentamento? A resposta, está na falta do elemento político que outrora possibilitou a organização dos trabalhadores para exigir outro entendimento: na fase atual ele é “um elemento ainda em construção, mas que já se manifesta numa capilaridade de organizações que ainda precisam ser politizadas” (SCHONS, 2007, p. 36)
Precisamos ter mudança de postura àqueles que no cotidiano da profissão operam com intervenções junto à população empobrecida. Sustentando que agir somente sobre as manifestações da pobreza é uma forma reduzida de compreender a questão social e que isto somente contribui para torná-la discreta, É necessário políticas de integração, uma nova política preocupada com a redefinição de um novo pacto social, envolvendo e tendo como base a