FORMULAÇÃO MAGISTRAL
INTRODUÇÃO
por Jorge Sassone
As formulações de liberação modificada é um tema bem conhecido no setor da industria farmacêutica desde varias décadas atrás, e já existem equipamentos industriais mais que adequados para produzir esse tipo de forma farmacêutica. Por um outro lado, no setor magistral que é do nosso interesse, a situação não é tão adequada como na industria por vários motivos, a saber: www.proquimo.com.br 1)
Os lotes de manipulação não excedem, pelo geral, os 100 gramas, com media de ta-
manho de lotes em 20-30 gramas correspondente a não mais que 50 ou 100 unidades em capsulas.
2)
Esses tamanhos de lotes não permitem uma correta aplicação das técnicas desen-
volvidas para a industria e então adequações são necessárias objetivando a correta qualidade do medicamento magistral principalmente no que diz a teor, uniformidade de conteúdo, e fundamentalmente, perfil de dissolução.
3)
No setor magistral não existem ainda hoje, equipamentos adequados para produzir
essas formas de liberação modificada capazes de manejar tão pequenas quantidades corretamente.
Os três motivos principais apontados acima é um desafio que o setor magistral deve enfrentar e nos aqui discutiremos algumas soluções que deram bons resultados na manipulação magistral de formas farmacêuticas de liberação modificada.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE LIBERAÇÃO MODIFICADA ( SLM )
Os “Sistemas de Liberação Modificada” (SLM) podem-se dividir nas seguintes categorias:
A) Liberação Diferida (Delayed release) Termo usado pelo FDA e USP.
O Princípio Ativo se libera a determinados tempos ou em determinadas zonas a partir de unidades de liberação imediata, as quais constituem uma única forma de dosificação.
Exemplo:
• Cápsulas de grânulos revestidos cuja coberta desagrega-se em tempos diferentes ou diferentes partes do Aparelho Digestivo.
•
Comprimidos entéricos onde a liberação diferida se realiza por um coating