A formiga elétrica na atualidade No conto de Philip K. Dick, “A Formiga Elétrica”, o autor utiliza um mundo futurístico e imaginário para introduzir sua obra. Tudo se passa em Manhattan no ano de 1992, Garson Poole, a personagem principal, acorda em um hospital sem uma de suas mãos após sofrer um acidente de carro que o deixou desacordado por quatro dias, inicialmente Poole parece ser um empresário de sucesso responsável pela empresa de eletrônicos Tri-Plan. Mas então, toda a vida de Poole muda quando os médicos dão a noticia de que ele é na verdade uma “formiga elétrica”, um androide que serve apenas para obedecer ordens e gerenciar as empresas Tri-Plan para seus verdadeiros donos. Ao descobrir isso, a personagem começa a estudar seu corpo e a questionar o proposito de sua existência. Em seus estudos ele descobre que toda sua realidade, tudo que ele vê, ouve e sente está ligado à uma fita que possui furos específicos que determinam os estímulos que chegam ao seu cérebro, Poole então começa a modificar os furos na fita e percebe que ao fazer novos furos ou tampar alguns já existentes ele pode mudar a realidade que o cerca. Ao final do conto, Poole decide então tirar sua fita de realidade e então o esperado acontece e ele simplesmente deixa de existir, porem o que surpreende é que não só ele deixa de ser real mas também sua secretaria Sarah Benton, deixando o leitor com uma certa duvida do que seria real ou não, Sarah seria apenas uma memoria implantada na fita de Poole ou ele deixa de existir porque Garson também deixa? Embora o conto tenha sido escrito em 1969, pode-se perfeitamente ser associado à realidade atual onde os homens e as maquinas dividem espaço na sociedade, onde as pessoas ficam cada vez mais distantes a ponto de colocarem um robô para tomar o lugar de um ser humano e onde a realidade pode ser totalmente diferente para as pessoas, mesmo que essas vivam em um mesmo local. Primeiramente a