A Formiga Elétrica
No conto “A Formiga Elétrica” o autor Philip K. Dick, logo de início, apresenta uma idealizada e futurística Nova York para ilustrar sua trama. Os acontecimentos se passam no ano de 1992 e mostram a história de um aparentemente proprietário da empresa Tri-Plan Eletrônica. A narrativa começa com o Senhor Darson Poole, personagem principal, acordando em um hospital quatro dias depois de sofrer um acidente, durante o trânsito onde perdeu uma de suas mãos.
Logo após acordar, Poole recebe a noticia de que na verdade não é um humano e sim uma “formiga elétrica’’, termo utilizado para descrever um robô. Desorientado, o personagem se dá conta de que toda sua vida foi programada e que existe somente para satisfazer aos interesses dos reais donos da empresa Tri-Plan. Após descobrir a verdade, Poole não consegue esquecer o assunto e começa a questionar toda a sua vida. Por isso se aventura em seu próprio corpo e descobre que toda a sua existência está diretamente relacionada a uma fita de realidade, e, com esta faz algumas experiências para testar seus limites e ver o quanto um corpo orgânico pode aguentar.
Ao longo da trama são apresentados outros personagens aparentemente humanos, Louis Danceman, colega de trabalho de Poole, e Sarah Benton, sua secretária particular. No fim da história, em meio a um de seus experimentos, Poole corta demais sua fita de realidade e, por fim, deixa de existir. O curioso é que depois desse acontecimento Sarah, que aparentemente era uma humana, também desaparece misteriosamente. Com relação à Danceman, não se sabe se aconteceu o mesmo. Ao terminar o conto, o leitor fica com uma pergunta, que o próprio autor não se preocupou em responder: O que era real e o que era apenas uma ilusão?
Em primeiro lugar, o mundo que Dick apresenta em sua obra mostra que o ser humano está tão desvalorizado, que pode ser substituído sem prejuízo por um robô, não somente na área de trabalhos manuais, mas também em administrar uma grande