Formação Social
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Conta-se que a Missão Artística Francesa chegou ao Rio de Janeiro em 1816 graças a uma convergência de interesses.
De um lado, artistas formados pela Academia franceses repentinamente desempregados após a queda de Napoleão. De outro, a corte portuguesa de dom João, carente de representação oficial. Segundo historiadores, os artistas napoleônicos não vieram convidados.
Convidados ou não, os franceses recém-chegados usaram sua expertise em pintura histórica para documentar a vida na colônia. Entre eles, Jean Baptiste Debret foi o que teve a obra mais exaustivamente reproduzida e popularizada.
O artista francês foi “convocado” pelo Príncipe Regente de Portugal, D. João VI – em 1816 a retratar todos os momentos ilustres da monarquia. Debret fora o mais requisitado e competente naquilo que pretendia revelar por meio da arte.
Em sua obra “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, permite demonstrar importantes traços de sua própria identidade e personalidade, distanciando-se um pouco daquela ideia de apresentar “imagens fiéis” da escravidão negra no Brasil, e também sobre os “exóticos” momentos da monarquia lusa, instalada no Rio de Janeiro a partir de 1808.
Debret é considerado um artista cujas obras se enquadram no estilo romântico. Porém, alguns estudiosos de artes plásticas, consideram Debret como um pintor do neoclassicismo. Antes de morar no Brasil, retratou na França temas religiosos, bélicos e ligados ao imperador francês Napoleão Bonaparte.
Suas obras, no Brasil, mostram paisagens, cenas cotidianas, a cultura e o povo brasileiro. Com cores vivas, suas aquarelas mostram sentimentos e emoções das figuras retratadas. O individualismo, característica das obras românticas, também se faz presente em suas pinturas.
Debret preocupou-se muito com os textos que acompanhavam suas imagens, demonstrando certa fidelidade ao sentido literário. Tal postura não era comum em