Formação do psicólogo na saúde pública: trabalhando com a prevenção e promoção de saúde
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Introdução
O texto discute a inserção do psicólogo na Saúde Pública e como deve ser a formação de um profissional que deseja trabalhar nesse campo, uma vez que a atuação deve ser adequada e ainda há necessidade de corrigir o descompasso entre a formação dos profissionais de saúde e os princípios, diretrizes e necessidades do SUS.
Assim, a formação deve enfocar o trabalho com as famílias, a transdisciplinalidade, o trabalho com grupos e o conhecimento da realidade social brasileira. Nota-se um maior investimento do Ministério de Educação e do Ministério da Saúde, bem como uma mobilização das universidades, que com vistas à necessidade de desenvolvimento de habilidades e competências para a atuação profissional, modificaram suas grades curriculares.
Apesar de todos os esforços, a formação do Psicólogo ainda se encontra numa proposta de clínica tradicional, dentro de uma formação clássica, o que limita sua atuação com poucas ferramentas teóricas, técnicas e críticas para atuar no SUS. Assim, muitas vezes o trabalho em saúde fica caracterizado como um trabalho de clínica, sem foco ao trabalho em grupo, por exemplo. Outro erro comum é comparar as famílias atendidas (geralmente pertencente às camadas baixas) com as famílias nucleares tradicionais.
O psicólogo da saúde pública pode atuar com saúde mental, em programas de doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS), em Centros de Referência da Saúde do Trabalhador, Unidades Básicas de Saúde, no Programa Saúde da Família, em hospitais públicos e também planejando políticas públicas de saúde que venham ao encontro dos objetivos das instituições e da população e se transformem em ações favoráveis ao que tange às perspectivas da saúde pública. Para isso, deve estar preparado para trabalhar, além do psiquismo das pessoas, com o bem-estar no mundo de seus pacientes.