Formação do professor - normal ou pedagogia?
Introdução
Os questionamentos sobre a formação de professores cresceram muito nas últimas décadas. Assim como, as discussões entre qualidades e divergências das Escolas Normais (2º grau) e das instituições superiores de educação. Tornando relevante à escrita dos aspectos históricos e teóricos da educação, para posteriormente, apresentar os dilemas desta temática e as atuais reflexões acerca da formação do corpo docente.
1. Aspectos Históricos da Formação de Professores
1. As primeiras escolas de formação docente
No Brasil, as escolas destinadas à preparação dos professores para o exercício de suas funções estão vinculadas à necessidade de se organizar a instrução popular, após a independência. Foi por meio da Lei das Escolas de Primeiras Letras, de 15/10/1827, que apareceu a primeira preocupação com a questão dos professores, e por quais critérios estes seriam qualificados para exercerem a sua função. A exigência está colocada no seu Art. 5º quando institui aos professores instruir-se nas capitais, em tempo curto; caso não tivessem a necessária instrução do método mútuo. Por este método, os professores escolhiam os melhores alunos para serem seus monitores, estes recebiam instruções à parte e posteriormente atendiam cerca de 10 alunos, auxiliando seu mestre, ensinando a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, entre outros. As primeiras Escolas Normais só foram criadas, após a promulgação do Ato Adicional de 1834, fazendo parte dos sistemas provinciais e seguindo os modelos europeus, mais precisamente o francês. Estas escolas visavam uma formação específica, mas predominou a preocupação dos conhecimentos a serem transmitidos nas escolas. Os professores deveriam ter o domínio dos conteúdos que seriam transmitidos às crianças, desconsiderando-se o preparo didático-pedagógico. Estas escolas, entretanto, foram fechadas e abertas periodicamente. O currículo era bastante