Formação de professores
Referência:
LEFFA, V. J. Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. In: LEFFA, Vilson J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras; construindo a profissão. Pelotas, 2001, v. 1, p. 333-355.
Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras Vilson J. Leffa
Universidade Católica de Pelotas
INTRODUÇÃO
O ser humano possui algumas características que são exclusivas de sua condição humana. Nenhum outro ser, por exemplo, tem a capacidade da articulação lingüística em termos de léxico e sintaxe; nenhum outro ser é capaz de pensar e refletir sobre sua própria condição, e nenhum outro ser é de capaz de evoluir de uma geração para outra, como faz o ser humano.
Dessas características exclusivas − e essenciais − do ser humano, duas precisam ser destacadas quando se fala em formação de professores de línguas estrangeiras. Uma é a capacidade da fala; o homem não é apenas um animal político; é um animal político que fala. A outra característica importante é a capacidade de evoluir. O ser humano não permanece o mesmo de uma geração para outra; ele se transforma, transforma o mundo e transforma a percepção que temos do mundo.
O professor de línguas estrangeiras, quando ensina uma língua a um aluno, toca o ser humano na sua essência − tanto pela ação do verbo ensinar, que significa provocar uma mudança, estabelecendo, portanto uma relação com a capacidade de evoluir, como pelo objeto do verbo, que é a própria língua, estabelecendo aí uma relação com a fala. Mas, se lidar com a essência do ser humano é o aspecto fascinante da profissão há, no entanto, um preço a se file:///C|/Documents%20and%20Settings/Usuario%20XP/Meu...cumentos/Vilson/homepage/textos/trabalhos/formacao.htm (1 of 22)22/12/2008 21:41:46
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pagar por essa prerrogativa, que é o longo e pesado investimento que precisa ser feito para formar um professor de línguas estrangeiras. Sem esse investimento não