Formação da Polis Grega
Durante a Idade do Bronze, a Grécia Micênica era dividida em diversos reinos, cada um contendo territórios e pequenas cidades governadas por uma aristocracia militar. Após o chamado “Colapso da Era do Bronze”, a Grécia entrou no período que convencionou-se chamar “Idade das Trevas”, onde os antigos palácios, reis e Estados desapareceram, a população declinou, as cidades foram abandonadas ou destruídas e o governo regrediu a um estágio tribal. O caos que se sucedeu a esse período levou a emergência de centros fortificados que ofereciam segurança e condições de vida mais ou menos razoáveis. Nesse período, um importante acontecimento foi a adoção do alfabeto fenício pelos gregos, fazendo com que a população voltasse a ser letrada. A própria geografia da Grécia, com seus solos ruins e relevo acidentado, levou a um novo tipo de agricultura. Ao invés do modelo palaciano que predominou no período Micênico, onde o controle e distribuição da produção e dos excedentes era centralizado pelo Estado, o modelo que surgiu baseava-se na pequena agricultura, principalmente nas terras não desejadas pela aristocracia. Esses pequenos agricultores eventualmente levariam ao surgimento da polis.
A palavra “polis” significa cidade, mas para o grego significava muito mais do que isso. Era o centro da vida política, cultural, social e religiosa do cidadão. Uma das características da polis descritas como necessária pelo filósofo Aristóteles era sua autossuficiência, embora na prática é mais provável que existisse uma interdependência comercial e de clientelismo entre as diferentes polis.
Um outro evento que impactou diretamente na ascensão da polis foi a introdução de moedas no comércio na metade do século VII. Esse comércio ajudou a acarretar em um incremento das manufaturas. Assim, indivíduos que não