FORMAÇAO DO BRASIL
Ao longo dos anos 1990, propagou-se na mídia falada e escrita e nos meios políticos e intelectuais brasileiros uma avassaladora campanha em torno de reformas. A era Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi marcada por esse mote, que já vinha de Collor, cujas características de outsider (ou o que vem de fora) não lhe outorgaram legitimidade politica para conduzir esse processo. Tratou – se, como se pôde observar, de “reformas” orientadas para o mercado, num contexto em que os problemas no âmbito do Estado brasileiro eram apontados como causas centrais da profunda crise econômica e social vivida pelo país desde o inicio dos anos 1980. [...]” (p. 148)
Nos anos de 1990, a era FHC foi marcada pela forte característica de que não o dava poder de dominar a reforma, que acarretou diversos problemas causados pela crise de 80, a chamada década perdida no que se refere ao desenvolvimento econômico. Vivido pelo Brasil e por outros países da América Latina, esse período de estagnação formou-se com uma retração agressiva da produção industrial.
[...] a história do século XX em âmbito mundial, na qual o que se pôde chamar de reforma associava – se à legislação social e, no pós – guerra, ao Welfare State. Estas foram reformas, [...] intrínsecas ao capitalismo, sob a pressão dos trabalhadores, com uma ampliação sem precedentes do papel do fundo publico, desencadeando medidas keynesianas de sustentação da acumulação, ao lado da proteção ao emprego e do atendimento de algumas demandas dos trabalhadores. [...] Uma social democracia que renunciou à revolução já desde o inicio do século, [...] mas que lutava por direitos e melhores condições de vida e trabalho para a classe trabalhadora, dentro de uma estratégia gradualista de reformas de largo prazo. Tanto que, com todas as diferenças, a esquerda revolucionaria e comunista preconizava estratégias de luta conjuntas, a exemplo do que expressava a estratégia de frente única operaria. A trajetória da social –