formas

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A partir de minha escuta e de algumas notas tomadas durante o congresso, escrevi este texto, que contém minha visão dos pontos relevantes da discussão, sobretudo do relatório de Jacques Press, “Construção com fim, construção sem fim”, e do ateliê “Impasses e paradoxos”, do qual participei.

Press iniciou sua apresentação falando da importância que teve para ele a obra de Michel Fain, um dos analistas fundadores da Escola Psicossomática de Paris, juntamente com Pierre Marty e Michel de M’Uzan. Trouxe para debate a questão, abordada por Fain, da “mentalização” e de suas relações com a possibilidade de tolerar a passividade. Como veremos, e como apontado por outros nas discussões, o autor parece ter recebido uma grande influência de Winnicott. Segundo afirmou, havia para ele duas questões fundamentais que estariam no cerne de seu relatório: primeiramente, a do lugar do “temor de desmoronamento” (fear of breakdown, Winnicott) na função psíquica do ser humano, e, em segundo lugar, a questão da “presença sensível do analista”.

A questão winnicottiana do desmoronamento abarca todo o psicossoma, segundo Press. Ele deu como exemplo certas somatizações que funcionam como uma espécie de “fuga maníaca” do desmoronamento.

A seguir, considerou a idéia de que há sempre um “resto” dessas experiências, as quais no interior fracassaram em se sexualizar e, como conseqüência, em serem mentalizadas. Fain considera importante o papel da sensorialidade primária por exemplo, quando a separação é vivida como vivência de agonia interminável. Tocamos aqui no que Press chamou de “o informe”. Se tomarmos uma determinada análise, qualquer que seja ela, esse “informe” é considerado como algo, como marcas que estão “à espera de uma forma”, a qual necessita do objeto para sua mise en forme, sua colocação numa forma.

De acordo com Press, essa marca do informe só pode ser circunscrita pelas marcas mnêmicas do analista. Daí a importância que ele atribui à qualidade sensível da presença do

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