Formas farmacêuticas
Os medicamentos são utilizados com finalidade profilática, terapêutica ou diagnóstica. Contêm uma ou mais substâncias ativas que devem ser administradas ao paciente através de uma das vias possíveis (a mais apropriada), veiculadas em uma forma farmacêutica sólida, semi-sólida ou líquida.
As formas farmacêuticas sólidas orais (FFSO) de liberação prolongada caracterizam-se pela liberação gradual do fármaco e manutenção da sua concentração plasmática em níveis terapêuticos, durante um período de tempo prolongado.
As FF sólidas de uso oral são as mais usadas (Ansel, Popovch, Allen, 2000; York 2005).
Após a administração de uma FFSO, o fármaco deve ser liberado e dissolver nos fluídos gastrintestinais para que seja absorvido e exerça a ação farmacológica esperada.
Em contrapartida, ás FFSO de liberação modificada são concebidos para modularem A liberação do fármaco, retardando ou prolongando a sua dissolução. Os objetivos podem ser; tornar a FF gastrintestinal (TGI) ou após um período definido de tempo (cronoterapia)
(Costa, Lobo, 1999; Lee, Robinson, 2000; Lin, Lin, Li, 2004).
O Desenvolvimento de uma FFSO de liberação prolongada tem início com a seleção do tipo FF e da tecnologia de modulação da liberação do fármaco que serão empregados.
Em relação ao tipo FF, as FFSO podem constituir sistemas monolíticos ou multiparticulados. Nos sistemas monolíticos, a unidade funcional de liberação é única
(comprimido ou cápsula) e a dose não está dividida.
As FF multiparticulados contêm o fármaco dividido em várias subunidades funcionais de liberação, que podem ser grânulos, péletes (aglomerados de partículas sólidas com formato esférico) ou minicomprimidos (comprimidos com diâmetro inferior a 3 mm).
Essas subunidades, por sua vez, são veiculadas em cápsulas gelatinosas duras ou em comprimidos (nesse caso, as subunidades são misturadas a excipientes e submetidas á compressão), que desintegram rapidamente após a administração, liberando