Formas farmacêuticas
Nas formas farmacêuticas, os excipientes representam a maior parte da forma farmacêutica (em relação ao volume da forma), quando comparados com a concentração do ativo. Do ponto de vista químico, a inércia atribuída aos excipientes deve ser encarada com certas reservas. Sua reatividade, apesar de baixa, pode ser potencializada por fatores físico-químicos do meio, desencadeando reações que podem levar à desestabilização da forma e/ou degradação do fármaco: presença de grupos funcionais alcoólicos, grupos terpênicos em flavorizantes, corantes contendo iodo, espécies complexantes (EDTA) ou substâncias redutoras (lactose). Inúmeros excipientes possuem centros quirais (amido e celulose) que podem interagir com fármacos racêmicos. Outra característica dos excipientes clássicos é a inatividade farmacológica e toxicológica, o que não pode ser generalizado.
Características de um excipiente ideal:
1. Toxicologicamente inativo.
2. Química e fisicamente inerte frente ao fármaco.
3. Compatível com outros ingredientes da formulação.
4. Incolor e insípido.
5. Elevada fluidez e boa capacidade de escoamento (sólido).
6. Alta capacidade de sofrer compressão (sólido).
7. Disponível a partir de diversas fontes, com custos adequados.
8. Fácil de ser armazenado.
9. Características reprodutíveis lote-a-lote.
10. Desempenho consistente com a forma farmacêutica ao qual se destina.
11. Função dos excipientes
12. A maior parte das formas farmacêuticas são sólidas, semi-sólidas ou líquidas, nas quais o fármaco encontra-se diluído. Os excipientes capazes de fornecer à forma farmacêutica peso, consistência e volumes adequados, são os diluentes. Nestes casos, assumem a função de veículo, permitindo administração pela via desejada. Ainda, pode-se esperar que excipientes assumam a função de adjuvantes (verbo do Latim = "adjuvare"), auxiliando o fármaco à cumprir seu papel. Excipientes específicos são adicionados na tentativa de controlar e regular a