Formacao Professores Psicogenes Linguagem Escrita
Adriana Maria Giubertti
Durante longo tempo a alfabetização foi entendida como a aquisição de um código fundado na relação entre fonemas e grafemas. Hoje se sabe que muito mais complexo se apresenta o processo de aquisição da linguagem escrita pelas crianças.
Entre as intervenções pedagógicas que devem ser reavaliadas, Emilia Ferreiro citou o uso de cartilhas, os modos de avaliação e promoção de alunos e, especialmente, os testes de prontidão e provas de avaliações posteriores. Para ela, o importante é compreender o desenvolvimento das idéias da criança sobre a escrita como um processo evolutivo. Uma criança não pode ser avaliada a partir das dicotomias “sabe ou não sabe”, “pode ou não pode”, “se equivoca ou acerta”. O que é importante é perceber a evolução que a criança apresenta, ainda que ela cometa erros em relação à escrita adulta. Assim sendo, segundo a autora, o professor deve avaliar a criança com mais sensibilidade e sempre interpretar a produção gráfica das crianças de maneira positiva.
É muito importante para os docentes que atuam na alfabetização conhecer bem os diversos métodos, pois as crianças são diferentes, têm formas diversas de aprender e construir significados. Muitas vezes, um método apenas não dá conta de atender a todas as crianças, por isso, saber como cada aluno compreende a leitura e a escrita pode ajudar, e muito, no planejamento dos encaminhamentos do professor.
A alfabetização na perspectiva construtivista é concebida como um processo de construção conceitual, contínuo, iniciado muito antes de a criança ir para escola, desenvolvendo-se simultaneamente dentro e fora da sala de aula. Alfabetizar é construir conhecimento. Portanto, para ensinar a ler e escrever faz-se necessário compreender que os/as alfabetizando/as terão que lidar com dois processos paralelos, onde a criança procura ativamente compreender a natureza da linguagem que se fala à sua volta, e tratando de