INSTRU O ELEMENTAR NO S CULO XIX
Aluno (a): Marcela da Costa Póvoa Soares
Curso: Linc. em Pedagogia
Disciplina: História da Educação Brasileira 3° período
Professor (a):
500 ANOS DE EDUCAÇÃO N BRASIL, EDITORA AUTÊNTICA
LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO
INSTRUÇÃO ELEMENTAR NO SÉCULO XIX
A historiografia consagrada sempre concebe a educação primária do século XIX confinada entre a desastrada política pombaliana e o florescimento da educação na era republicana.
Os recentes estudos a respeito da educação brasileira do século XIX, particularmente no período imperial, têm demonstrado que havia, em várias Províncias, uma intensa discussão acerca da necessidade de escolarização da população, sobretudo das chamadas “camadas inferiores da sociedade”. Questões como a necessidade e a pertinência ou não da instrução dos negros, índios e mulheres eram amplamente debatidas.
Muitos foram os limites enfrentados por aqueles que defendiam que a educação deveria ser estendida à maioria da população. É sempre necessário considerar a baixíssima capacidade de investimento das províncias, que algumas vezes chegavam a empregar mais de ¼ de seus recursos na instrução e obtinham pífios resultados.
Enfocar o processo de escolarização ao longo do período imperial impõe, necessariamente, a relativização do papel e do lugar do estado. A presença do estado não apenas era muito pequena e pulverizada como, algumas vezes, foi considerada perniciosa no ramo na instrução. Nem a própria escola tinha um lugar social de destaque, cuja legitimidade fosse incontestável.
Um dos objetivos desse texto e desnaturalizar o lugar que a própria historiografia construiu para a instituição escolar em nossa forma social, mostrando-a como um vir a ser contínuo e em constante diálogo com outras instituições e estruturas sociais.
DAS ESCOLAS DE PRIMEIRAS LETRAS AOS SISTEMAS DE ENSINO PRIMÁRIO
À época dizia-se que os governos estabeleciam ou mandavam criar “escolas de primeiras letras”.